TRABALHOCRESCIMENTO

3114 palavras 13 páginas
CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: MOVIMENTOS COOPERATIVOS NA ZONA RURAL DA DINAMARCA

Belo Horizonte
2014

Introdução

A dificuldade das pessoas em cooperar para a promoção do mútuo proveito pode ser observada em várias ocasiões, como a parábola contada por Hume (onde dois agricultores perdem a colheita por falta de confiança mútua); o drama dos bens comuns; bens públicos e a lógica da ação coletiva. Além dessas ocasiões, é possível apresentar o chamado dilema do prisioneiro, onde dois suspeitos são presos e a cada um deles é dito que, se testemunhar contra o outro, será liberto, mas caso permaneça em silêncio e o outro o delate, será severamente punido. Se nenhum dos dois delatasse, ambos teriam punição mais leve.

Exemplo:

Fonte: Wikipédia

No entanto, sem saber a reação do outro, preferem delatar, o que poderia ser considerado uma atitude irracional. Contudo, em determinados contextos de falta de confiança e quebra de contratos, como no caso exemplificado por Putnam do Sul da Itália, o racional torna-se exatamente o oposto: a não-cooperação, mesmo que esta estratégia implique a perda das oportunidades de mútuo proveito. Isso ocorre porque o indivíduo baliza sua decisão de acordo com a expectativa que este tem sobre as ações do outro. Assim, o caminho que esses dilemas de ação coletiva tendem a seguir está associado ao contexto social em que a disputa ocorre, sendo os resultados de cooperação favorecidos na medida em que aumentam-se os níveis de confiança e de estoque de capital social dentro de uma comunidade.

O capital social pode ser definido como os laços de interação e confiança acumulados em uma sociedade. Dessa maneira, lubrifica o funcionamento do tecido social; aumenta a confiança; favorece melhores governos e reduz o risco de desrespeito aos contratos - aumentando o número de transações sem se fazer necessária a presença de uma terceira parte de caráter coercitivo como era proposto por Hobbes. Desta forma, conclui-se

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