Trabalho

John Locke
Para Locke, em suas próprias palavras, o estado de natureza é um caso em que “ todos os homens se acham naturalmente,sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e as pessoas tal como acharem conveniente, nos limites da lei da natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem”. Continuando essa linha de raciocínio ele ainda diz que “Um Estado também de igualdade, onde é recíproco qualquer poder e jurisdição, nenhum tendo mais do que o outro; nada havendo de mais evidente do que criaturas da mesma espécie e ordem, nascidas promiscuamente para as mesmas vantagens da natureza e para o uso das mesmas faculdades, que terão sempre de ser iguais às outras, sem subordinação ou sujeição.” Ou seja, para ele a vida no estado de natureza, se caracteriza pela perfeita igualdade e liberdade entre os homens.
Ele aborda ainda a questão do direito a propriedade como direitos naturais. Ele conceitua propriedade de duas formas. A primeira, ele descreve propriedade como a representação da liberdade do homem e a segunda como a posse dos bens móveis e imóveis. Para ele essa ideia de propriedade já existiria no Direito Natural e que este não poderia ser violado pelo Estado, pois esse direito seria “anterior à sociedade civil, mas não inato”. Locke ainda defendia o trabalho como algo iminente a propriedade, que em resultado do esforço, trabalho duro, o benefício recebido seria a propriedade privada deste homem, ou seja, ele defendia que os homens no seu estado de natureza, livres tinham o trabalho como um meio de conquistar a propriedade que já lhe era de direito, mas que antes deveria fazer por merecer. Com isto, surge no pensamento de Locke que existiria um conflito, em que uns sentiriam mais que outros, e isso geraria a inveja, a superioridade de uns com os outros. E assim, toda a ideologia da igualdade e liberdade não existiria.
Assim surge o contrato social na ideologia de Locke, surge na