trabalho
Nos últimos anos, o estudo da produtividade de obras vem ganhando importância na literatura brasileira. Verifica-se no setor de construção civil um avançado movimento no desenvolvimento de programas da qualidade e produtividade. Exemplos desses movimentos estão em parcerias de entidades, sindicatos de empresas construtoras e outros órgãos, tais como: o Programa da Qualidade e Produtividade na Construção Civil do Paraná; o Projeto Obra Nota 10; que é uma iniciativa que une toda a cadeia da construção do Oeste do Paraná; o Clube da Qualidade da Construção do Rio de Janeiro; o Sistema de Gestão da Qualidade para Empresas Construtoras do SindusCon-SP, entre outros. A busca de melhores indicadores de qualidade e produtividade é um dos principais pontos enfatizados em todos esses programas.
Em rigorosa análise sobre o assunto, intitulada “Produtividade: a chave do desenvolvimento acelerado no Brasil”, a consultoria McKinsey constatou, há alguns anos, que a produtividade da mão-de-obra do segmento da construção habitacional brasileira, no geral, representava apenas 35% da norte-americana, chegando a pífios 20% nas obras de casas populares. Pesquisas comparativas também mostram a construção civil como um dos poucos ramos de atividade que registrou aumento do número de empregados por produção a preços constantes. O processo nocivo é cíclico. E se auto-alimenta dos fracos resultados financeiros obtidos pelas construtoras com a prestação de serviços de baixa especialização, que as obriga a pagar salários baixos, que leva à falta de interesse no treinamento da mão-de-obra, que conduz ao comportamento do funcionário de encarar o emprego como temporário até que surja outro melhor, que dificulta o desenvolvimento de habilidades individuais, e que, ao desestimular o investimento em inovação tecnológica, reforça a baixa produtividade, que ajuda a causar os fracos resultados das empresas. A baixa produtividade da mão-de-obra constitui-se em