trabalho
Nas últimas duas décadas do século XX, assistimos a grandes mudanças, tanto no campo socioeconômico e político, quanto no campo da cultura, da ciência e da tecnologia. A pedagogia tradicional da escola uniformizada está na base da criação da escola de massas a partir do século XIX e não sofreu alterações radicais desde então. Assenta na homogeneização dos alunos e na subordinação aos princípios gregos: unidade de espaço, de tempo e de ação.
Originariamente a escola foi criada para cuidar do desenvolvimento intelectual, vendo-se forçada a atender aos demais aspectos da educação, por razões de ordem social – a sociedade vem exigindo sempre mais da escola – e por razões de ordem lógica – a educação é um processo integral, não podendo desenvolver-se sem setores isolados.
De acordo com Neca Setubal, socióloga, educadora e empresária brasileira, uma educação que busca responder aos desafios do século XXI deve estar sintonizada com uma sociedade mais participativa, em que o controle social das políticas públicas seja efetivo e transparente.
Faz-se necessário conceber a educação a partir de uma visão sistêmica com articulações com as áreas de assistência social, cultura, saúde e esportes.
Discutir uma ética de responsabilidade pessoal e social buscando a construção de um futuro sustentável, de modo que as futuras gerações tenham uma vida digna e desfrutem do bem estar no planeta. Nesse contexto, a escola tem o enorme desafio de acompanhar estas mudanças, de modo a repensar o modelo de escola que faça sentido na contemporaneidade, tendo como valores norteadores desse debate o respeito às diferentes formas de cultura, o incentivo à participação social, a participação das famílias e da comunidade, o desenvolvimento do pensamento crítico e o compromisso com uma sociedade mais justa e ambientalmente responsável.
Morais (1984) salienta que é necessário que o professor esteja atento aos apelos que no mais das