trabalho

RELATO DO CASO
Ana Maria da Silva, brasileira, solteira, cor branca, residente na rua da soledade, 326, centro, Recife-Pe, 26 anos, 56 kg, 1,56 m, primigesta, idade gestacional de 32 semanas e 5 dias.
Durante o pré-natal foi auscultado importante sopro cardíaco, sendo encaminhada para pré-natal em hospital especializado onde foi diagnosticada a tetralogia de Fallot. Negava ter conhecimento prévio da doença. Referia falta de ar que se agravou com o decorrer da gestação. Negava alergias, cirurgias prévias e uso de medicações. O exame fetal era normal.
Em exame, realizado com 27 semanas de gestação revelou coração normal. Apresentava como defeito associado ampla CIV subaórtica que provocava desvio anterior e superior do septo interventricular, sugerindo tetralogia de Fallot.
A tetralogia de Fallot é uma cardiopatia congênita caracterizada por defeito do septo ventricular, estenose pulmonar, cavalgamento aórtico sobre a comunicação interventricular e hipertrofia do ventrículo direito. Esta doença representa 15% das cardiopatias congênitas.
A fisiopatologia da doença depende do grau de obstrução ao fluxo de saída do ventrículo direito. Com obstrução relativamente leve a apresentação é de aumento do fluxo sangüíneo pulmonar (também chamado de "Tetralogia Rosa" ou Fallot acianótica).
Os lactentes com tetralogia de Fallot geralmente apresentam um sopro cardíaco no nascimento ou logo após. Nesses casos, o sangue que circula através do corpo não é suficientemente oxigenado, produzindo cianose (coloração azulada). Isto ocorre devido a passagem de saída estreitada do ventrículo direito, reduzindo o fluxo sangüíneo para os pulmões e o sangue pobre em oxigênio (azul) do ventrículo direito passa para o ventrículo esquerdo e a aorta através do defeito septal e circula pelo corpo. Alguns lactentes permanecem estáveis, apresentando apenas uma cianose discreta, de modo que a cirurgia de reparação pode ser realizada posteriormente na infância. Outros apresentam sintomas graves