Trabalho

Centro Ecumênico de Estudos Religiosos Superiores do Maranhão-CEERSEMA
Disciplina- Antropologia Teológica
Professora- Marcia Regina Cruz de Carvalho
Turma “C”- Pólo Dom Pedro

Antropologia Teológica

Elivani de Sousa Dias

Dom Pedro/ MA
Janeiro / 2012

Sabemos que Teologia e Filosofia são ciências distintas, quer pelo método quer pelo objeto. Enquanto a Filosofia procede por raciocínios lógicos, a partir dos primeiros princípios da razão pura e tem como objeto primeiro o mundo e o homem, tais como se apresentam ao estudioso pela experiência, a Teologia, por sua vez, procede a partir do ato de fé na revelação divina, procurando certo entendimento dessa fé, e o seu objeto primeiro é o próprio Deus tal como se dá a conhecer em sua autorrevelação. Assim, a Teologia pode ser dita ciência da fé, enquanto a Filosofia é a ciência da razão.
Ao longo da história da Igreja, pode-se verificar que Teologia e Filosofia muitas vezes se mostraram em íntima relação.
Para a teologia, o mistério do Cristo histórico, de um Deus- Encarnado não pode ser entendido por meio da razão, sem fé. Mais ainda, sem o horizonte histórico não se pode interpretar o sentido profético das verdades do cristianismo.
A teologia, centrada a sua estrutura cognitiva na fé revelada, reconhece que a fé é, frequentemente, assolada por tensões, aflições e duvidas num mundo marcado pelo o positivismo ou pelo ceticismo radical, onde as estruturas de poder e a sociedade em geral se distanciam cada vez mais da esfera dos valores transcendentes.
Os conceitos- chaves da filosofia e da ciência necessitam, inicialmente, de um “princípio de fé” para explicar o mundo e os fenômenos. Os pressupostos pré-científicos, esse núcleo primordial, de acordo com a teologia, não nascem das regras da própria razão, porque as categorias de interpretação da realidade, unificadas num determinado sistema filosófico necessitam de um “plus”. Em última análise, o conhecimento humano é um ato de fé, pois é por fé que se