Trabalho e Capital Monopolista
FACULDADE DE DIREITO
Mariana de Carvalho e Barbosa
Síntese do livro “Trabalho e Capital Monopolista”, de Harry Braverman, solicitada pelo Prof.Dr. Antônio César Santos, referente à disciplina de Economia Política ministrada no primeiro ano do curso de direito da Universidade Federal de Mato Grosso.
O trabalho é uma atividade que altera o estado natural desses materiais para melhorar suas necessidades. A espécie humana partilha com as demais a atividade de atuar sobre a natureza de modo a transformá-la para melhor satisfazer suas necessidades.
Entretanto, o que importa quanto ao trabalho humano não é a semelhança com o trabalho de outros animais, mas as diferenças essenciais que o distinguem como diametralmente oposto. O que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é que o arquiteto figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade. O trabalho é consciente e proposital, ao passo que para outros animais é instintivo.
No trabalho humano, o mecanismo regulador é o poder do pensamento conceptal, que tem origem todo um excepcional sistema nervoso central. Assim, o trabalho proposital, orientado pela inteligência, é produto especial da espécie humana. “ ao agir assim sobre o modo eterno e transformá-lo, ele ao mesmo tempo modifica sua própria natureza”, escreveu Marx. O trabalho que ultrapassa a mera atividade instintiva é assim a força que criou a espécie humana e a força pela qual a humanidade criou o mundo como conhecemos. A capacidade humana de executar trabalho, que Marx chamava “força de trabalho” não deve ser confundida com o