Trabalho C

O Estado é em um primeiro tempo identificado como a organização de um poder centralizado. Porém, nos últimos anos, os estudiosos dos fenômenos políticos abandonaram o termo “Estado” para substituí-lo pelo mais compreensivo “sistema político”. Entre as várias vantagens desta expressão está também a de ter um significado axiologicamente mais neutro do que o termo “Estado”, o qual se ressente da deificação, de um lado, e da demonização, de outro, feitos respectivamente pelos conservadores e pelos revolucionários. Aquilo que “Estado” e “Política” têm em comum (e é inclusive a razão da sua intercambiabilidade) é a referência ao fenômeno do poder. Não há teoria política que não parta de alguma maneira, direta ou indiretamente, de uma análise do fenômeno do poder. A análise do Estado se resolve quase totalmente no estudo dos diversos poderes que competem ao soberano. A teoria do Estado apóia-se sobre a teoria dos três poderes (o lesgilativo, o executivo, o judiciário) e das relações entre elas. Na filosofia política o problema do poder foi apresentado sob três aspectos, à base dos quais podem-se distinguir as três teorias fundamentais do poder: a teoria substancialista (o poder é concebido como uma coisa que se possui e se usa como um outro bem qualquer. Típica interpretação substancialista do poder é a de Hobbes, segundo a qual “o poder de um homem... consiste nos meios de que presentemente dispõem para obter qualquer visível bem futuro.” Que esses meios sejam dotes naturais, como a força e a inteligência, ou adquiridos, como a riqueza). A teoria subjetivista (exposta por Locke, que por “poder” entende não a coisa que serve para alcançar o objetivo mas a capacidade do sujeito de obter certos feitos, donde se diz que “o fogo tem o poder de fundir os metias” do mesmo modo que o soberano tem o poder de fazer as leis e, fazendo as leis, de influir sobre a conduta de seus súditos. E a teoria relacional (é a interpretação mais aceita no discurso político contemporâneo,