Trabalho uma ponte para terabítia

Ponte para Terabítia foi um daqueles livros que eu comecei já sabendo que ia chorar.

Primeiro porque os protagonistas são crianças (e crianças sempre conseguem me emocionar) e segundo porque eu já tinha um spoiler gigante de acontecimentos do fim do livro (graças ao filme que eu só vi... adivinha? O final. Pois é, não vi o filme mas um belo dia assisti o final na TV. Triste isso). Essa combinação com certeza já me dava uma prévia de que precisaria de um lenços.

Tentei me fazer de forte. Chorar, eu? Que nada! Mas por mais boa vontade que a gente tenha tem coisas que não conseguimos realizar e essa é uma delas. Foi uma luta não derramar lágrimas com esse livro e mesmo que eu tenha resistido bastante a sensação de nó preso na minha garganta ainda está bem viva em minha lembrança.

É um livro infantil, não há como negar. Você não vai encontrar uma escrita complexa, palavras rebuscadas ou algo parecido. Mas a magia dele é exatamente essa. De forma simples a autora nos mostra a construção de uma amizade verdadeira a partir do dia a dia de duas crianças e não há como não se apegar a nenhuma.

Jess é um garoto retraído de 10 anos. Na escolas durante os intervalos, os meninos costumam apostar corrida e ele tem certeza de que vai ser o campeão esse ano, por isso passou o verão inteiro treinando. Ele é o filho do meio de uma família pobre e possui mais quatro irmãs. Gosta de desenhar, mas a única pessoa para quem tem coragem de mostrar seus desenhos é uma professora que o incentiva.

Seus planos são frustrados quando Leslie, uma nova aluna, decide participar da corrida e ganha de todos. A princípio Jess fica muito chateado e evita a todo custo as investidas da menina de tentar faproximar-se dele. Com o passar do tempo o menino acaba cedendo e juntos eles vão construir uma bela amizade.

Aos poucos Leslie vai transformando aquele garoto introspectivo. Ela é uma menina de muitas leituras, seus pais são escritores, e tem sempre histórias maravilhosas para