Trabalho tecnico

Por que não nos Esquecemos das Situações de dor e Sofrimento?

Para responder a esta pergunta partirei de uma grande descoberta da neurogênese sobre o comportamento do cérebro humano face às dificuldades. Uma equipe de pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia, em Berkely nos EUA, estudou o comportamento do cérebro humano face às situações difíceis, tais como: medo, depressão, perda, stress, traumas, etc. E descobriram que a amígdala (responsável pelas memórias emocionais) em situações como as citadas acima informa ao hipocampo (responsável pela fixação das memórias) que é necessária a produção de novos neurônios ampliando assim a capacidade da memória afetiva. Estes novos neurônios se tornam uma espécie de “estepe” dos neurônios já existentes garantindo que as informações repassadas pelo momento difícil sejam retidas; o cérebro subentende que esta informação é “vital” e que, portanto, não pode ser esquecida. O aumento desta memória afetiva decorrente da produção de novos neurônios é que nos torna capazes de fazer associações entre às circunstâncias vividas no passado e às vividas no presente.

O cérebro retém com maior facilidade as situações traumáticas e difíceis do passado para que no futuro em situações semelhantes possamos nos lembrar do que fazer ou não (correlação ou associação). Exemplo: Quem já foi atropelado numa avenida movimentada por não olhar com atenção para os lados nunca mais atravessará uma única rua sem olhar atenciosamente diversas vezes para a direta e para a esquerda. Isso acontece porque o cérebro associa a rua ou a avenida ao atropelamento, essa correlação imediata do cérebro faz com que o sujeito nunca se esqueça da lição apreendida naquela circunstância específica.

As lembranças que temos de momentos de dor e sofrimento nos ajudam a evitar novas possibilidades de sofrimento. Quantos de nós já não conseguimos evitar certos problemas no presente devido às experiências vividas no passado? Quantos de nós já