Trabalho Sociologia

Introdução:

Nas três primeiras partes do livro, Piketty se dedica à análise da história da distribuição de riqueza e da estrutura da desigualdade desde o século XVIII. Na quarta parte da obra, o autor propõe uma discussão sobre as formas de repensar o capital nos dias de hoje, apresentando medidas que permitiriam regular de maneira justa e eficaz o capitalismo patrimonial global. Dentre tais medidas, destaca a instituição do imposto progressivo global sobre o capital, de modo a possibilitar que o interesse geral prevaleça de fato sobre o interesse privado. Assim, através de um desenvolvimento no sistema de arrecadações, o poder público seria capaz de atuar cada vez mais em questões sociais, dentre as quais o autor destaca o direito à educação, à saúde e à aposentadoria. Desse modo, Piketty destaca a importância de renovar e modernizar os sistema de arrecadação e gastos públicos, para que seja alcançado, de forma plena, o Estado social no século XXI.

Conclusão:

Diante do exposto, percebe-se a importância e a eminente necessidade do Estado fiscal para o Estado social, estando um correlacionado ao outro. Dessa forma, para o desenvolvimento do Estado social, com o efetivo cumprimento das necessidades sociais da população, é necessário repensar o sistema de arrecadações e gastos públicos. Para Piketty, uma das principais soluções seria a instituição do imposto progressivo, elemento essencial para que haja uma transformação na estrutura das desigualdades no século XXI.
No entanto, há diversos empecilhos para essa mudança. Além da questão da concorrência fiscal global, há também a drástica diminuição das rendas, que vem se evidenciando desde os anos 1980-1990. Com a queda na taxa de crescimento das rendas, é difícil aceitar, sobretudo pelas classes médias, o aumento das arrecadações, que agravaria ainda mais a estagnação das rendas. Faltam debates acerca da questão, que só poderá ser solucionada por meio da deliberação democrática e do confronto político.