trabalho sobre etica

Acabamos de assistir recentemente mais um capítulo deste nosso querido Brasil Futebol Clube. Apesar de já condenado pelo Supremo Tribunal Federal como criminoso, em razão dos atos praticados no exercício da sua atividade parlamentar (ou prá lamentar), o senhor José Genoíno acabou por tomar posse na Câmara dos Deputados, como Deputado Federal, no dia 3 de janeiro de 2013, no lugar de Carlinhos Almeida, eleito prefeito de São José dos Campos, e foi, segundo o Jornal Destak de 04.01.13, o mais aplaudido dentre os treze lá empossados.

Os valores deste nosso Brasil varonil são extremamente invertidos, e o respeito aos princípios da moral e da boa ética são simplesmente ignorados, a ponto de se admitirem condutas, mesmo que das mais estapafúrdias e contra o bom senso, como se fora de absoluta normalidade. Quer dizer, um homem eleito como suplente de deputado federal, é condenado pela mais alta Corte da República, por crime cometido, baseado em provas sérias e consistentes, após julgamento realizado por seus Ministros (que estão isentos de qualquer envolvimento político partidário), sem qualquer possibilidade de reversão, por se tratar de uma decisão em uma única instância, decide, mesmo sabendo que, em curto espaço de tempo, vai para a cadeia (assim espera o povo de bem), ler a Constituição, dando-lhe uma interpretação semântica, e assumindo um posto que deveria se destinar a uma pessoa acima de qualquer suspeita. O senhor José Genoíno, condenado a 6 anos e 11 meses de prisão, pelos crimes de corrupção ativa e de formação de quadrilha, mesmo sabendo disso, se aproveita de um interregno entre a condenação e a sua publicação, com o trânsito em julgado, para fazer uso de um direito de que deveria ele se envergonhar. Um criminoso que finge não ter sido condenado.

Mas, sendo este Deputado um criminoso, é evidente que não se pode esperar dele que tenha uma conduta ética e moral, curvando-se à decisão do Tribunal Superior que efetivamente o condenou, e fingir que nada