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DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL - SER
DISCIPLINA: GÊNERO, RAÇA/ETNIA E POLÍTICA SOCIAL.
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL.
Marilene Freitas de Almeida – 10/0115209
Brasília – DF.
03 de Julho de 2014.
ORIGEM DAS POLÍTICAS PARA NEGROS
O Brasil concentra atualmente o segundo contingente de população negra do mundo, depois da Nigéria. Aproximadamente 80 milhões de brasileiros, quase metade da população brasileira (46%), possui ascendência africana.
Os indicadores sociais atestam que recaem sobre a parcela negra dos brasileiros, inúmeras mazelas sociais e violação de direitos. Segundo o Instituto de Pesquisa e Econômica e Aplicada – IPEA a incidência da pobreza é mais que o dobro na população negra (47%) em face ao branco (22%). Se é difícil ser negro no Brasil, é ainda mais difícil ser negra. Dentre a população negra do país, as mulheres negras, ao longo do século 20, mantiveram-se com remuneração em desvantagem no trabalho se comparados aos homens e mulheres brancas e, também, aos negros. Isso é reflexo, entre vários motivos, de um longo histórico de escravidão e abolição, pelo menos formalmente, tardia. Após a abolição, negros e negras ficaram marginalizados na sociedade, uma vez que houve omissão por parte do Estado em face às desigualdades, preconceito e discriminação à população negra. Acredito, assim, que a abolição se deu somente formalmente, ou seja, a realidade é que houve uma falsa abolição.
Apesar de o Movimento Negro brasileiro, sindicatos, universidades e setores progressistas constantemente denunciarem o segregacionismo e sugerirem políticas para sua superação, a negação do racismo (um discurso oficial e hipócrita brasileiro) bem como a falta de reconhecimento de raça/etnia, serviu somente para impedir o debate sobre as desigualdades raciais e prejudicar a promoção de políticas públicas concretas de enfrentamento ao problema, deste modo, o Governo Federal,