Trabalho Livre E Europeiza O

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Trabalho Livre e Europeização
No início do século XIX a população do estado de São Paulo era de 54% habitados pela população negra e com o passar dos anos mais precisamente no final do mesmo século, houve uma inversão neste quadro, o que podemos dizer um embranquecimento devido ao crescimento esmagatório por parte dos europeus, principalmente os italianos, que resultaram em uma expansão urbana e pela lavouras cafeeiras. No mesmo século ocorreu um deslocamento de mão de obra escrava da capital para as áreas prosperas do interior.
No final do século XIX, as condições de emprego dada aos negros eram brutas e desumanas, não conseguiam competir por uma posição social melhor e eram alvos de constantes racismos, os brancos nacionais e os imigrantes detiam as melhores ocupações e cargos no estado de São Paulo.
Os imigrantes aparecem como legítimos agentes de trabalho livre e assalariado, ao mesmo tempo monopoliza as oportunidades de classificação econômica e de ascensão social.
Já os negros não tiveram as mesmas oportunidades, são vedados da sociedade, tendo que procurar meios para se salvar e manter as aparências de “homem livre”. Se viram jogados na cidade grande sem qualificação e sem nenhum tipo de proteção social, terminaram por habitar em cortiços nos quais grupos inteiros eram obrigados a conviver sem nenhum tipo de privacidade.
Os negros também sofreram com tamanha desvantagem no sentido trabalhista se for comparados com os estrangeiros, tinha que aceitar todas as condições que eram expostas, criando revolta no meio da classe.
Os fazendeiros passaram a embranquecer o serviço rural, contratando a mão de obra europeia como os alemães, italianos e os portugueses no lugar dos negros.
Florestan mostra que mesmo que o negro com o passar do tempo começasse a se qualificar cada vez mais para o mercado de trabalho, os brancos brasileiros dessa suposta “democracia racial” evitavam ao máximo reconhecer esse negro qualificado como igual.

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