Trabalho em grupo
Essa profunda transformação exige uma ampla revisão das concepções tanto da economia quanto da educação. Devemos questionar: Para que serve educarmos as crianças, os adolescentes e os adultos, se o acesso ao mercado de trabalho lhes é negado? Qual a finalidade de desenvolvermos o progresso tecnológico voltado para o consumo de luxo, enquanto parcela significativa da nossa população economicamente ativa permanece semiletrada?
Outro ponto que devemos destacar é a abordagem que se faz, na maioria das vezes, quando se trata do planejamento familiar, restrita apenas aos aspectos ligados exclusivamente à política de controle demográfico, esquecendo-se do aspecto econômico que nele interfere diretamente.
Por hora, interessa-nos tão-somente ressaltar que as instituições familiares, integrantes do objeto de nosso estudo, foram apontadas como detentoras de um importante papel social e, como parte de um processo sociopolítico dinâmico, poderão reagir às mudanças contextuais atuais e com elas interagir.
Experiências atuais da vida familiar e suas relações passaram a ser alvo de maior reflexão; entretanto, a família ainda é vista como instância fundamental no processo de socialização, bem como no desenvolvimento da subjetividade autônoma, ensinando informalmente o que as crianças devem fazer, dizer ou pensar.
A importância que se der aos estudos sobre a família produzidos no Brasil nos últimos anos, e conseqüentes comparações entre eles permitirão uma reflexão aprofundada sobre quais as relações mais significativas nesse processo de remodelação constante nos diferentes grupos sociais e seus níveis de autonomia, estabelecendo novas relações com a economia, com a política e com o Estado.
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