Trabalho de português

Maílson da Nóbrega em seu texto “O trem-bala do Rio Kwai”, questiona as questões relacionadas à construção de um trem-bala para ligar o Rio a São Paulo e Campinas. Ele alega que, este, é um projeto desaconselhável para quem entende do assunto. Foram questionadas a viabilidade econômica, a modelagem financeira, a estimativa de custos e a prioridade conferida à obra, e, mesmo assim, o Congresso aprovou o financiamento de bilhões de reais do BNDES, a criação de uma estatal para gerenciar o trem-bala e o subsídio de 5 bilhões, para o caso de não se confirmar a previsão de passageiros. O autor faz uma ligação da obsessão de levar o projeto pra frente, com o filme “A Ponte do Rio Kwai” (1957), que conta a história do coronel britânico Nicholson, que aceita liderar a obra da ponte, mesmo contra a opinião de seus oficiais. Nicholson se apaixonou tanto pelo projeto, o qual foi se tornando uma obsessão, o executando prazerosamente e esquecendo que beneficiava o inimigo. O custo do trem-bala provavelmente sairá maior do que o estimado, pois, além do acréscimo em obras públicas, ainda tem o projeto de engenharia, o que aumenta as incertezas quanto ao valor final. Maílson da Nóbrega aponta uma característica do Professor Paulo Fleury, especialista em infraestrutura e logística, que o trajeto pensado por eles, exigirá muitos túneis e pontes, os quais aumentarão custos e riscos de atraso. Nóbrega destaca, também, os argumentos do consultor do Senado, Marcos Mendes, em relação a outros investimentos que teriam maior retorno econômico e social, que, ao invés de darem prioridade para o trem-bala, com esse dinheiro poderia ser solucionado o problema de abastecimento de água em cidades que concentram grande parte da população do país, por exemplo. Então, uma melhor alternativa seria criar um trem rápido, ou algo do gênero, de menor custo, pelo menos como projeto inicial. Maílson da Nóbrega reforça o fato de que, quanto mais difícil for encontrar