Trabalho de Portugues

O RO MANCE DE 30 DO NORDEST E:
INFLUÊNC IAS DO MODERNISMO E
CONTRIBUIÇÕES PARA OUTRAS GERAÇÕES

Não pretendo fazer aqui a análise específica de um romance, mas o estudo do percurso do romance de 30 do Nordeste, ajudado, agora, por um conveniente distanciamento histórico, o que constitui um procedimento crítico que envolve e perpassa o projeto cultural brasileiro mais recente.
Os historiadores e críticos testemunham que a evolução literária brasileira foi uma luta entre duas tradições. A primeira, a luso-européia, cuja linhagem de escritores entendia a literatura corno uma "flor da cul­ tura européia", requintadamente elaborada; a segunda seria a tradição nativa em formação, que a concebia corno um produto espontâneo e telúrico. Urna representava o eterno retorno à Europa, e a outra voltava­ se para a terra, a natureza, o meio sociopolítico. Simboliza esse dualismo ocidentalista/brasilista a polêrnica entre Alencar e Nabuco.
No século XX. A literatura brasileira vai ter corno tônica a transfor­ mação do instinto de nacionalidade em espírito de nacionalidade, refletin­ do a vitória da tradição nativa. Mas é sobretudo na fase modernista que a consciência nacional brasileira atinge a definitiva maioridade, com "o nas­ cimento do Brasil e o conseqüente esmorecer da Europa dentro de nós", corno afirmou Gilberto Amado em seu livro Minha Formação em Recife.

As conquistas dos modernistas de

22 não se limitam à esfera lite­

rária e artística, mas abrangem toda a cultura, toda a mentalidade brasi­ leira, todas as formas de vida e atividade intelectual, num âmbito naci­ onal, corno se pode constatar neste texto de Mrânio Coutinho:

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É assim que o sentido de integração brasileira, na épo­ ca modernista inclui além da literatura ( conto, ro­

mance, teatro, crônica, ensaio, crítica) e das artes plás­ ticas e pictóricas (música, pintura, escultura, arquitetura, decoração, gravura, etc.), os estudos soci­ ológicos e históricos,