Trabalho de Historia

Médici O General Emílio Garrastazu Médici era gaúcho como Costa e Silva, sendo descendente de italianos e bascos. Apoiador do Golpe de 64 foi nomeado a seguir Adido Militar do Brasil em Washington (EUA). Quando seu amigo pessoal Costa e Silva estava na presidência, Médici havia ocupado a chefia do SNI. Era, portanto, ligado á Linha Dura, embora não tivesse gosto pelo exercício do poder. Na realidade, era um apagado e inexpressivo general, e sua escolha para a presidência foi uma maneira de evitar maiores divisões dentro das Forças Armadas, pois não desejava o poder. Aceitou o cargo com o “mais uma missão militar” imposta pelos companheiros de farda. Dessa maneira, delegava a seus ministros e assessores o efetivo exercício do governo - exemplo disso foi o destaque do Ministro da Fazenda, Delfim Netto, que dava todas as ordens no setor econômico. Desconhecido do grande público, Médici era um apaixonado por futebol, sobretudo pelo Grêmio (RS) e Fluminense (RJ). Ficaram famosos, na época, os palpites que dera na seleção brasileira, a que seria campeã do mundo em 1970 e usada pela Ditadura para obter apoio popular. Médici marca o “apogeu” do regime militar, num dos períodos mais autoritários e repressivos da história deste país, pois foi em sua gestão que a esquerda armada seria totalmente desmantelada, ganhando notoriedade os casos de tortura e execução dos inimigos dos militares. Curiosamente, Médici tornou-se o presidente militar mais popular – se houvesse eleições diretas para presidente durante a Ditadura, ele provavelmente seria eleito. Tal prestígio deveu-se, principalmente, ao crescimento econômico vivido pelo Brasil no início dos anos 1970. Era a época do Milagre Econômico.

Milagre econômico Entre 1969-1973, a economia do Brasil cresceu, em média, 11,2% ao ano, um dos maiores percentuais do mundo capitalista, apresentando uma inflação até certo ponto moderada (18% ao ano). Foi um momento de prosperidade em todos os