Trabalho de Filosofia

1371 palavras 6 páginas
Capitulo II

De acordo com Freud a historia de Édipo vinha sendo considerada como relatando a fábula mais antiga de nosso desejo e de nosso inconsciente.
Porém a partir do livro de Deleuze a referência a Édipo é totalmente diferente.
Deleuze passa a ideia de que Édipo não seria, pois uma verdade de natureza, mas um instrumento de limitação que os psicanalistas utilizam para conter o desejo e faze-lo entrar em uma estrutura familiar definida por nossa sociedade em determinado momento.
Édipo, em outras palavras é um instrumento de poder, ele não é conteúdo secreto de nosso inconsciente.
Nossa civilização vive em um complexo de Édipo, tendo em vista que temos, de certo modo, um determinado tipo de relação entre poder e saber, entre poder politico e conhecimento, de nossa civilização ainda não se libertou. Esse complexo de Édipo se dá pelo coletivo, de poder e de saber.
A tragédia de Édipo é o primeiro testemunho que temos das práticas judiciarias gregas. Ou seja, trata-se de uma historia em que pessoas – um soberano, um povo – ignorando certa verdade, conseguem descobrir uma verdade que coloca em questão a própria soberania do soberano. Por essa razão o primeiro problema que se coloca é o de saber o que era na Grécia arcaica a pesquisa judiciaria da verdade.
O marco inicial dessa arcaica justiça começa, como exemplo, em uma prova de corridas. O adversário que perdeu contestou o outro, e sem perguntar nada a testemunha ele coloca o vencedor contra uma prova. Essa prova era um juramento perante aos Deuses. Com isso o mesmo não efetuou o juramento, pois temia o castigo dos Deuses mediante a sua mentira. Ou seja, essa era a prática da prova da verdade. Situação que não constava de nenhum inquérito, testemunha ou algo do gênero.
É evidente que, quando Édipo e toda a cidade de Tebas procuram a verdade, não é este modelo que utilizam. Toda a tragédia de Édipo se fundamenta em um mecanismo inteiramente diferente. É esse mecanismo de estabelecimento da verdade que

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