Trabalho Claudio M Costa

Análise dos sonetos II, LXII e XCVIII, de Cláudio Manoel da Costa
Cláudio Manoel da Costa (1729-1789) foi um dos principais poetas do movimento literário conhecido como Arcadismo, que predominou no Brasil durante o século XVIII. Seus poemas foram importantes para a construção da poesia árcade, que buscou romper com a estética do movimento anterior, o Barroco. Toda a sua poesia está compilada no livro Obras Poéticas, e dentro desse livro encontram-se três sonetos, os de números II, LXII e XCVIII, os quais, ao longo deste trabalho, serão postos sob análise a fim de se levantar suas principais características e relacioná-los ao contexto literário do Arcadismo, ao qual o poeta procurou se integrar.
Primeiramente, é necessário fazer um levantamento biográfico sobre Cláudio Manoel da Costa e fazer um detalhamento das características principais de sua obra literária.
O poeta é de origem mineira, da cidade de Ribeirão do Carmo (atual Mariana), mas sua formação enquanto intelectual se deu em Portugal, na Universidade de Coimbra, para onde foi aos 18 anos; lá ele começou a construir carreira de homem de letras. Aos 24 anos, retornou ao Brasil, onde atuou como advogado e exerceu funções de servidor público para o Estado. Vê-se, portanto, que Cláudio Manuel da Costa conseguiu, ao longo de sua carreira, manter a sua qualidade de homem literato em meio a um ambiente burocrático.
Em 1773, adotou o nome árcade de Glauceste Satúrnio. Posteriormente, participou, ao lado de Tiradentes e de poetas marcantes do Arcadismo como Tomás Antônio Gonzaga, da Inconfidência Mineira, e em função de sua participação acabou sendo preso. Morreu em 1789, sem esclarecimentos quanto à causa de morte; alguns consideram que foi assassinado pelo Estado dentro da prisão, enquanto outros consideram que ele se suicidou.
Cláudio Manoel da Costa é um dos poetas expoentes do Arcadismo, que surgiu no século XVIII inspirado por ideais iluministas, como a mentalidade racional e a ciência. O movimento se propôs a