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A passagem do pensamento mítico para o filósofo-científico
Filosofia é uma forma de pensamento que nasce na Grécia antiga, Aristóteles pode ser considerado o ponto de partida dessa concepção definindo Tales de Mileto como o primeiro filósofo da história. Assírios, chineses, indianos e outros povos da antiguidade tiveram visões próprias da natureza e maneiras diferentes de explicar os fenômenos e processos naturais. Mas os gregos que fizeram ciência, por isso podemos denominar esse inicio de filosófico-científico. Uma forma específica de o homem tentar entender o mundo que o cerca. Claro que anteriormente haviam formas de entender essa realidade, mas é especificamente o pensamento filosófico-científico que estamos tentando entender.
O pensamento mítico é a forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive. O mito é o modo como essas explicações são dadas, sendo as vezes considerado uma mentira. Lendas narrativas são parte de tradição cultural e folclórica de um povo. O mito é fruto de uma tradição cultural. Homero, com a Ilíada e a Odisseia, por exemplo, não é o autor desse mito, é apenas quem o conta.
O mito configura assim a própria visão de mundo dos indivíduos. O mito não se justifica, portanto nem se presta a questionamento. Ou o individuo é parte dessa cultura e aceita o mito como visão do mundo, ou não pertence a ela e, nesse caso, o mito não faz sentido pra ele. O pensamento mítico apela para casos sobrenaturais e misteriosos. Tudo é governado por uma força superior, misteriosa, divina. Onde os deuses governam a natureza e sacrifícios religiosos são vistos como forma de tentar alcançar favores divinos ou agradecer. Os sacerdotes são considerados intermediários dos homens aos deuses.
Podemos considerar que o pensamento filosófico-científico nasce basicamente de uma insatisfação com a explicação do real que encontramos no pensamento mítico. Pois por um lado tenta dar uma explicação para a realidade, mas por outro cria um mistério