Trab Lit

1) A utilização da tensão no instante em que a dualidade promove a diferença dificulta a percepção da identidade que caracteriza a totalidade. No texto I, a tensão dicotômica é empregada de maneira a mostrar o que se passa no interior e o que acontece na realidade. Como um conflito entre o coração e o cérebro.
A emoção é algo que nos faz agir por impulso, pensando exclusivamente no momentâneo. Percebem-se aparições da emoção no texto em frases como: “ah, agora não tem mais jeito, foi um golpe no peito; o cérebro não vê direito, já está com defeito e vai se entregar.”.
Por outro lado temos a razão, isto é, pensar no amanhã, nas consequências. É o limite estabelecido pelo cérebro para as manifestações da emoção. Veem-se, no texto, ações racionais no trecho: “Quando toca o gongo pro intervalo, cada um descansa do seu lado; Um vai raciocinar.”; e, melhor explicitada nas frases: “É hora de voltar, é hora de voltar.”, no qual faz referência a voltar para a realidade, ou seja, deixar o mundo das emoções de lado.
2) O trecho retrata a condição da alma humana e realiza, deste modo, uma identificação do leitor com as confissões e sensações expostas em cada fragmento.
Percebe-se que se sobressaem novos rumos de pensamento, novas reflexões e uma sensibilidade que vai se aflorando a cada frase. Conta com um amontoado de reflexões sobre a solidão, a literatura, a paixão pela arte e escrita nostálgica que sentimos às vezes sem motivo aparente.
Assim como no trecho 230, o poema Autopsicografia é seguido pelo dilema do
“mostrar o que sinto”. Na primeira estrofe é afirmado: “o poeta é um fingidor”, que é confirmada pela particularização centrada na dor, ou seja, a poesia não consiste na dor experimentada, mas sim no fingimento dela. Isto é, elevar a dor sentida ao plano da arte, imaginada, expressa em linguagem poética, partindo de uma experiência real, a dor que deveras sente, tornando-a arte. Para tal, é utilizado um meio no qual a referencia às dores real e fingida pelo poeta e