Tourette

Ressonância Magnética Funcional (fRMI).
A ressonância magnética descreve basicamente um método de aquisição de imagens que explora um fenômeno quântico, no qual a base de dados colhidos para a formação da imagem se dá através do resultado de uma troca de energia entre corpos animados por movimentos e forças periódicas.
Quando um elemento tissular é colocado sob a ação de um Bo constante, certos átomos sofrerão um alinhamento em direção ao Bo resultando em uma pequena magnetização de seus spins nucleares. A utilização do hidrogênio na obtenção de imagens por ressonância magnética resulta em orientações do tipo spin up e spin down, havendo uma primazia dos spins up devido a sua baixa energia térmica, o que estabelece uma condição favorável à aquisição da imagem.
Conseguinte uma onda de radiofreqüência, semelhante aquelas emitidas por uma emissora de rádio FM, será emitida e, logo, absorvida pelos núcleos dos átomos de hidrogênio, assim o mesmo responderá emitindo energia excedente, também em forma de radiação eletromagnética. Os detectores do equipamento converterão essa energia em imagem através de um complexo processo envolvendo cálculos matemáticos.
Um cérebro submetido a um Bo e ondas de radiofrequência responderá com frequências diferentes, devido, suas constituições físico-químicas distintas.
Na ressonância magnética funcional essas distinções são detectadas através da influência do sangue oxigenado em determinada região indicando alteração da atividade neural local.
A técnica BOLD é a mais utilizada na ressonância magnética funcional, baseia-se no nível de oxigenação do sangue. Um aumento localizado da atividade neural acarreta um aumento local do fluxo sanguíneo, condição favorável, devido, as propriedades magnéticas da hemoglobina (Hb).
A oxi-hemoglobina (hemoglobina carregada de oxigênio) atravessa a rede de vasos capilares liberando O2, e consequentemente se transformando em desoxi-hemoglobina (dHb). A atividade neural