Todos os estádios para a Copa do Mundo recebem dinheiro público?

Todos os estádios para a Copa do Mundo recebem dinheiro público?

Éderson Silva

Um dos alvos preferidos das manifestações recentes é o gasto excessivo que vem ocorrendo com obras relacionadas à Copa do Mundo — e tem sido difícil, para o governo, se explicar.
Como entender o motivo de tais questionamentos? Em 2007, quando o Brasil foi anunciado como sede da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014, o então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, afirmou que o poder público nada gastaria com atividades desportivas. “A Copa do Mundo é um evento privado”, garantiu. Aqui está o início de todas as dúvidas acarretadas ao longo desses anos. Por que a promessa não foi cumprida?
Primeiramente a grande maioria dos estádios brasileiros pertence aos estados da federação e foram construídos e reformados em muitos casos com o dinheiro público, e alguns estádios, em pequena quantidade são privados, ou seja, pertencem aos Clubes de Futebol.
Para se adequarem as exigências da FIFA (Fédération Internationale de Football Association), os estádios brasileiros precisariam passar por adequações para que possam ser utilizados nos eventos de grande porte como citado anteriormente. Dentre vários palcos pelos Brasil, foram escolhidas 12 cidades sedes para a Copa do Mundo, fazendo que assim cada cidade sede apresentasse seu plano, com estimativas de custos e prazos para conclusão das obras.
A previsão inicial dos gastos com o erguimento/reforma de todos os 12 estádios juntos era de aproximadamente R$ 5,1 bilhões. Só que, no momento, já que há seis ainda a serem concluídos, e o valor já saltou para cerca de R$ 8,3 bilhões. Além disso, há de se levar em conta os outros milhões que precisarão ser pagos em prestações aos consórcios, pela utilização de alguns dos palcos.
Mais um fato que ajudou aos questionamentos foi a demora para que as obras começassem a sair do papel, o que levou a população a crer que poderia haver desvio de