Titulação volumetrica

Cores de um meteoro
Otoni Mesquita*

HAHNEMANN BACELAR

Filho de Francisco Paula de Aguiar e
Adélia Bacelar de Aguiar, nasceu na cidade de Manaus, no dia 8 de outubro de 1948, o artista amazonense Hahnemann Bacelar. Em
1998 faria 50 anos de idade, se não tivesse morrido de maneira trágica em Belém, no dia
22 de fevereiro de 1971. Tinha somente 22 anos e para muitos a estação de sonhos não se havia encerrado. Em conseqüência de sua morte prematura, surgiram depoimentos e opiniões controvertidos sobre sua vida e personalidade, mas muito pouco foi dito sobre sua produção artística. Sabe-se que teve orientação do gravador Álvaro Páscoa e freqüentara a Pinacoteca do Estado, participou de alguns eventos artísticos e seu trabalho parecia muito bem-aceito pela classe artística e ganhava espaço.
RESGATE E MEMÓRIA

Ainda que pequeno, o conjunto de obras deixado por esse jovem criador é bastante significativo. Ainda não foi possível um levantamento total de sua produção e grande parte dela se mantém desconhecida do grande público, pois restringe-se a domicílio de amigos e colecionadores, guardada sob sete chaves. São estudos, desenhos, xilogravuras e pinturas. Com freqüência, reivindica-se uma grande mostra com os trabalhos de Hahnemann, assim como o levantamento e estudo

de suas obras com a produção de um catálogo digno de sua obra. Mas nesse sentido não se pode ignorar algumas iniciativas, como a publicação de um álbum programado visualmente pelo artista Roberto Evangelista e editado em 1973 pela antiga Fundação Cultural do Amazonas, reproduzindo alguns de seus desenhos e gravuras. Não se deve esquecer que, em 1980, o artista plástico Sérgio
Cardoso prestou uma simpática homenagem ao artista, batizando com o nome de
Hahnemann a primeira Galeria de Arte do antigo ICHL, hoje FES. Outra homenagem feita ao pintor ocorreu durante a administração do reitor Marcus Barros, em setembro de 1993, que depois de reformar o antigo
Setor de