tipos de sofistas segundo platao

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Na obra “Sofista”, Platão visa conceituar os sofistas e, através disso, explicitar a diferença entre sofistas e filósofos. Os sofistas seriam aqueles que por meio da retórica persuadem os demais cidadãos a crer que detém a razão, ou seja, a verdade das coisas, quando na realidade, segundo Platão, possuem um conhecimento apenas sobre a aparência das coisas. Já os filósofos produzem discursos verdadeiros por meio do método dialético, que consiste em um jogo de perguntas e respostas que levam o indivíduo a reconhecer a própria ignorância e assim partir para a busca do conhecimento verdadeiro.
Platão caracteriza a sofística como uma ferramenta inferior de conhecimento, em oposição a filosofia, que é intitulada de saber superior. Em seu livro “Sofista” ele apresenta essa concepção através de um diálogo entre o Estrangeiro de Eléia e o filósofo Teeteto, no qual define os sofistas através de analogias e análises que dividem as classes atribuídas.
Primeiramente, Platão relaciona o sofista à um pescador com anzol, por considerar os dois como caçadores de algo e que possuem em comum a arte de aquisição. A partir de então atribui-se ao sofista a primeira definição: Caçador interesseiro de jovens ricos. Segundo essa definição os sofistas estão em busca de jovens ricos que querem aprender a virtude, arte da retórica e oratória, para com isso receberem dinheiro em troca.
A segunda definição atribuída ao sofista é a de comerciante em ciências, na qual o sofista vai de cidade em cidade vender as ciências por atacado e trocando-as por dinheiro. As ciências referem-se a discursos e ensinos relativos à virtude, que são oferecidas a quem deseja aprendê-las em troca de capital, o que segundo Platão caracteriza a sofística.
A terceira e quarta definição do sofista é a de pequeno comerciante de primeira ou de segunda-mão, nas quais o sofista é caracterizado como vendedor de discursos. Não importa se o indivíduo ensina discursos próprios (de primeira mão) ou se ensina discursos de

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