Tg saúde sus

O direito à saúde está longe de ser uma realidade. O Sistema Único de Saúde encontra dificuldades com as políticas neoliberais adotadas, pois elas reduzem o papel do Estado na área da saúde, com isso Estado não investe o necessário, os trabalhadores não são remunerados satisfatoriamente, os gestores não contam com os recursos e equipamentos que deveriam, e a população não participa do controle e reivindicação dos seus direitos. Não é de hoje que os diversos órgãos que cuidam da saúde, em especial a saúde pública, tem feito suas ações com usuários de forma burocrática, impessoal e automatizada. As principais necessidades dos usuários quase nunca são consideradas, pois na maioria das vezes, o acolhimento e a atenção ficam tangentes às situações em que a abordagem rotineira não se mostra adequada. Como afirma Campos (2005, p. 1), existe até um “[...] embrutecimento das relações interpessoais no SUS, quer sejam relações entre profissionais, quer seja destes com os usuários.” São inúmeros os relatos, por todos presenciados, de casos em que aparece o completo descaso desse atendimento. Tanto que Kunkel (apud MENDES SOBRINHO; LIMA, [2007 ou 2008], p. 4) questiona:

“Como se pode falar de humanização se a pessoa é dividida em inúmeras partes, se ela é toda fragmentada em órgãos e sistemas? Como se pode falar de humanização se, para tratar de um problema de saúde, a pessoa é encaminhada de um especialista para outro, sem soluções adequadas e, muitas vezes, sem sequer ser ouvida? Se cada profissional olha para um pedaço do seu corpo como se pedaços isolados tivessem vida autônoma?”

A humanização segundo o documento da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (2006) tem que colocar o cidadão como centro de suas ações, resgatando o conceito de promoção em saúde sendo que “[...] incorporou a importância e o impacto das dimensões sócio-econômicas, políticas e culturais sobre as condições de saúde.” (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2000, p. 13): “Promoção