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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB
CURSO DE GEOGRAFIA – G7

FLÁVIA DE OLIVEIRA SILVA
Monter-Mor, Roberto Luis. O que é o urbano, no mundo contemporâneo. Belo Horizonte UFMG, 2006. Disponível em: Acesso em: 12 abril 2012.
A dominação da cidade sobre o campo, como resultado da divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual e através do comando do mercado sobre as atividades de produção, é fato que marco as sociedades humanas desde tempos remotos, e particularmente as sociedades capitalistas industriais modernas em que nos inserimos. Cada vez mais as fronteiras entre o espaço urbano e o espaço rural são difusas e de difícil identificação. Legalmente, no Brasil, cidades são definidas pelos perímetros urbanos das sedes municipais, e os territórios e populações considerados urbanizadas incluem os perímetros das vilas, sedes dos distritos municipais.
Cidade e campo, elementos socioespaciais opostos e complementares, centralidade e a periferia do poder na organização social. A cidade é o modo de organização (sócio) espacial que permite à classe dominante maximizar a extração regular de um mais-produto do campo e transformá-lo em garantia alimentar para sua sustentação e de um exercício que garanta a regularidade dessa dominação e extração.
Assim a cidade mercantil, o lugar central para onde os excedentes regionais eram voluntariamente trazidos e comercializados, resultado da burguesia na cidade, e sua eventual conquista. Os burgos mercantis deram novo sentido e força á cidades política, transformando-a em centros mercantil.
A segunda transformação e efetiva passagem da cidade em direção ao urbano foram marcadas pela entrada da indústria na cidade, processo longo na história ocidental. A cidade industrial foi assim marcada pela entrada da produção no seio do espaço do poder, trazendo com ela a classe trabalhadora, o proletariado. A cidade passou a não mais apenas controlar e comercializar a produção do