Texto narrativo

Ao remetente
“Oi, sou eu de novo. Não sei exatamente porque mas senti uma vontade enorme de escrever essa carta. Sei a que última você perdeu, ou não sabe onde colocou. E ainda me disse isso com um sorriso no rosto. Sabe porque estou aqui? Quero que saiba o quando me faz bem. Eu lembro de um dia, em que falava em desistir de tudo, mais uma vez. E eu falei, que não via um mundo sem você, porque na verdade, o mundo ficaria cinza. Já pensou eu não te ter pra fazer essas piadinhas idiotas e me fazer rir quando eu mais preciso. Ou simplesmente ficar fazendo caretas na web até minha barriga doer de tanto rir. Aqueles dias, sabe? Aqueles que você some. São complicados pra mim sabia? Pois quando a gente se acostuma com algo, ainda mais se esse algo te faz bem, ficar um dia sequer sem esse algo ou alguém faz falta. Pense o resto da vida? Eu não aguentaria. Quantas vezes eu estava na rua, cercada de pessoas, triste, mesmo assim me sentindo sozinha, e quando lia aquelas bobagens suas eu dava risada sem motivo algum. Dá pra esquecer dos problemas um pouco não dá? Dá pra aguentar firme mais um pouco não dá? Me diz que dá por favor, aguentou até aqui, aguenta mais um pouco não? Eu não quero um mundo cinza. Não quero sentir tua falta toda dia, sem nunca parar. Não quero te mandar uma mensagem e nunca receber uma resposta. Não quero ligar e não ouvir a sua voz do outro lado da linha. Então aguenta mais um pouco ta? Eu sei que tá difícil, mas aguenta, eu preciso de ti. Agora vou tentar dormir, espero que você já esteja sonhando.”
Descritivo:
João
João nasceu sem chorar, levou palmada do doutor até a mãe ficar com dó. Parecia que ele já veio ao mundo querendo chorar de dor, mas não queria incomodar. Comia todos os vegetais e legumes do prato. Cresceu forte e saudável, com o estômago verde e os olhos azedos pelo espinafre que engoliu ao longo da vida. João quando aprendeu a rimar, odiava o próprio nome. Odiava os colegas na hora da chamada. João, pé de feijão. Passou a odiar os