texto argumentativo

Texto Argumentativo

O nosso pensamento está confinado aos limites muito estreitos dos sentidos e da experiência?

Neste texto argumentativo irei expor a minha opinião acerca do tema em estudo, discutindo se o nosso pensamento está confinado, ou não, aos limites da experiência sensorial. Para tal, partirei inicialmente da tese de David Hume, analisando-a. Num segundo plano, irei contrastá-la com a tese de Descartes de forma a extrapolar e avaliar o modo como estas diferem e essencialmente em que parâmetros o fazem. Assim, ser-me-á possível sustentar a minha tese baseando-me nas diferenças fundamentais entre o pensamento destes dois filósofos. O objectivo final será avaliar a pertinência da razão e da experiência sensorial no nosso pensamento, analisando a imposição de limites e a sua extensão.

Para o estudo desta questão e das teses filosóficas que a acompanham temos como ponto de partida a interpretação de alguns ternos, nomeadamente a que se refere David Hume quando fala de “limites muito estreitos”. Segundo David Hume, a única fonte de informação fidedigna é a experiência sensível. Todo o conhecimento elaborado parte das nossas sensações. Hume considera que os elementos básicos com os quais a mente trabalha são as percepções, obtidas através dos órgãos dos sentidos. Estas, por sua vez, subdividem-se em impressões e ideias (e o que as distingue é que as impressões são mais vívidas e fortes e as ideias mais fracas e ténues, como que cópias de impressões). Assim, percebe-se que Hume assume que na origem do conhecimento se encontra a experiência. A mente comporta-se passivamente: possui algum poder criador, embora limitado, visto que todo o material com que trabalha procede sempre da experiência. Assim, ao referir-se a “limites muito estreitos”, Hume realça a incapacidade de a experiência sensorial aumentar o nosso pensamento e aponto a liberdade ilusória que o nosso pensamento parece possuir. Reconhece, portanto, a imperfeição e os limites do