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SEGUNDA-FEIRA, 16 DE JULHO DE 2012
O ESTADO DE S. PAULO alavoura,Coletavendeuaslaranjas diretamente para colhedores que vão pagar R$ 1 a caixa e depois negociar o produto. “Isso é para retirar as frutas do pé e evitar que atrapalhem a próxima florada”, explica o produtor. Em duas de suas fazendas, onde eram cultivadas exclusivamentelaranja,elejátrocoumetade de uma delas para o cultivo de cana-de-açúcar e vai introduzir o cultivo na segunda, diante da queda nas vendas.
Embate. Produtores e indús-
Estoque alto de laranja dá prejuízo de R$ 1,2 bilhão
Estimativa leva em conta produção que deve ser perdida até fevereiro de 2013 com retração do mercado interno e exportações
Ricardo Brandt
ESPECIAL PARA O ESTADO CAMPINAS
Produtores de laranja de São Paulo – Estado que concentra 85% da produção nacional – estão com as frutas apodrecendo nos pomares. Estima-se que pelo menos 5 milhões de caixas de 40,8 quilos da fruta já tenham estragado, na pior crise do setor dos últimos anos. Até fevereiro de 2013, as previsões são de que 83 milhões de caixas podem deixar de ser processadas pela indústria de suco de laranja do País, mesmo com uma safra 5% inferior a do ano passado. Um prejuízo avaliado em mais de R$ 1,2 bilhão. O Brasil é o maior produtor de suco de laranja do mundo, res-
pondendo por metade da produção global. O negócio movimenta US$ 6,5 bilhões brutos, e emprega cerca de 300 mil pessoas. A crise não é de hoje, mas este anotomou proporções alarmantes.Indústria,produtores,governo e especialistas atribuem o cenário negativo a uma série de fatores.Entreeles, osestoqueselevados de suco no País, após a supersafra de 2011, a redução do consumo de suco no mundo e a proibição de exportação para os Estados Unidos em razão do uso no Brasil do fungicida carbendazim, que foi banido no mercado americano. Com 600 mil toneladas de suco estocadas e previsão de mais uma safra cheia neste ano (com 365 milhões de caixas de