Territorialização do crédito no estado de Alagoas no atual período

O atual modelo de economia e o crescimento são responsáveis pela má distribuição de renda, que se faz cada vez mais injusta no período atual para a classe menos favorecida. O principal fator contribuinte é a modernização tecnológica, que causa desigualdades sociais e econômicas. Neste sentido é perceptível que os elementos fundamentais para o funcionamento do circuito inferior são o crédito e o dinheiro em seu estado líquido.
Nos dias atuais, os sistemas de crédito são indispensáveis, tanto para os agentes, quanto para os consumidores, pois apresenta facilidade e acesso ao consumo à população que não possui renda fixa, sendo assim, é possível perceber a forte entrada do circuito inferior nesse contexto. Para isso, existem os chamados agentes de crédito, que são intermediários, exercendo a função, segundo Santos (2008) de fornecedores de crédito aos comerciantes e artesãos, em forma de mercadorias, mas também disponibilizam em dinheiro.
No atual período, denominado de terceiro mundo, o uso do crédito é indispensável para a sobrevivência do comércio e das famílias, no entanto, é importante o ressalvo do endividamento presente em todos os níveis. No dizer de Santos (2008), “Numa economia em que o dinheiro líquido é indispensável, mas raro, a usura torna-se uma prática frequente”. Grande parte da população vive numa economia de subsistência apartada da circulação dos bens e do dinheiro. No entanto, a classe inferiorizada se adapta, mesmo sem condições suficientes econômicas, a um período denominado por Santos (2009) de Técnico-Cientifico-Informacional, uma aldeia global, também chamado de mercado globalizado. A esse sistema, cabe a ideia de produção, tendo como principal mecanismo a informação.
O crédito permite que as redes modernas se estabeleçam ao serviço do grande capital, estando em uma esfera vertical, que trazem desordem às regiões onde se instalam, em prol de seu próprio benefício.