Terra Mater, Petra Genitrix

Terra Mater, Petra Genitrix Durante o texto, Eliade exibe uma interpretação mística do nascer dos minerais, para ele as rochas e os metais, assim como os seres vivos, nascem, amadurecem e se corrompem. Eliade, assim como o Primo Levi, acha que o humano faz parte de um processo auxiliador para utilizar todo o potencial dos minerais e rochas. Neste papel de auxilio, o humano serve nada mais nada menos para potencializar um processo que poderia ser praticado apenas pelo tempo. De acordo com os alquimistas, uma ideia que ilustra bem esse papel do humano é a fabricação do ouro, para os outros metais se transformarem em ouro leva anos, até milhares de anos, mas os humanos podem fazer com que este tempo diminua fornecendo outros meios e ingredientes necessários para finalizar a transformação. Alias do que já foi dito, existia a ideia, de que as minas que já sofreram o processo de mineração poderiam gerar mais minerais se deixadas de lado por um certo tempo. Essa ideia se deve ao fato de acreditarem que os metais nascem da terra, assim como os seres vivos. Pensando no texto do Eliade e no outro estudado do Primo Levi, é possível traçar um paralelo entre as duas concepções. Os dois autores colocam um papel importante para o humano em relação à terra. Ambos visam o humano como um auxiliador nos processos naturais dos metais, ambos tem a visão que o humano pode se posicionar como algo semelhante a um parteiro, e as bençoes dos metais como os filhos que a mãe genitora terra fornece ao mundo.