Teresopolis

2.3.2 Teresópolis: A cristalização da perspectiva modernizadora.

O encontro que aconteceu na década de 70, contou com a participação de 33 profissionais que tomaram conhecimento da temática do colóquio “a necessidade de um estudo sobre a metodologia do serviço social face à realidade brasileira”. Os organizadores optaram por uma dinâmica diferente, dividindo assim estes profissionais em dois grupos, cada um ficou responsável para estudar e discutir os textos retirando assim as principais observações. Foram discutidos três textos: “Introdução às questões de metodologia. Teoria do diagnostico e da intervenção em Serviço Social”, de Costa. Onde a autora vai discutir um contraponto que foi visto em Araxá e se consolidaria em Teresópolis. O outro, “Bases para a reformulação da metodologia do Serviço Social”, de Soeiro, onde ele nada acrescenta nas formulações ate então desenvolvidas. Porem, nenhum desses textos atendia o foco principal da temática daquele encontro, o de Costa por que problematiza o processo de evolução desde Araxá, e o de Soeiro, porque não atender o processo existente no desenvolvimento que já ocorria. Já o texto de Lucena Dantas, “A teoria metodológica do Serviço social. Uma abordagem sistemática”. Teve um maior destaque por ter uma linguagem mais fácil de compreender, ele apresenta uma discussão clara e evidente do Serviço Social. O documento de Araxá e Teresópolis vai trazer características semelhantes, como também distintas, tanto um como o outro fazem parte da primeira vertente, são funcionalistas e aconteceram no período da ditadura militar, mas Araxá é eminentemente tecnocrático, porque indica a necessidade de uma técnica, porém não apresenta. Já Teresópolis é o oposto, pois ele é operativo, apresenta de forma clara e evidente sua operação. Ele traz uma ideia de transformismo, onde o moderno triunfa sobre o tradicional, ele opera na sua forma moderna, no entanto, mantém a sua essência tradicional. Dantas vai disser que há dois