Teorias críticas

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
TEORIAS CRÍTICAS
ONDE A CRÍTICA COMEÇA: IDEOLOGIA, REPRODUÇÃO, RESISTÊNCIA. * A década de 60 foi marcada por transformações e agitações sociais. É nesse contexto que surge as teorias críticas do currículo que trazem uma profunda crítica ao modelo tradicional de educação. * Diferenças com relação ao modelo tradicional: Fortes críticas à educação e formulação de teorias que possibilitem conhecer e desvendar as bases da educação. * Principais representantes: Paulo Freire no Brasil (1970), Althusser, Bourdier e Passeron, Baudelot e Establet na França (1970), Samuel Bowles e Hebert Gintis (1976), William Pinar e Madaleine Grumet (1976) e Michel Aplle (1979) nos Estados Unidos.
Teorias gerais: * Louis Althusser (francês). Principal obra: “A ideologia e os aparelhos ideológicos de Estado”, de base marxista. Faz uma conexão entre educação e ideologia. A sociedade capitalista necessita de reproduzir seus componentes econômicos e para isso utiliza mecanismos e instituições. A manutenção pode acontecer através da força, que está a cargo dos aparelhos repressivos (polícia, judiciário) e dos aparelhos ideológicos de estado (a religião, a mídia, a escola, a família) que tem como função disseminar essa ideologia. A ideologia é “constituída por aquelas crenças que nos levam a aceitar as estruturas sociais (capitalistas) existentes como boas e desejáveis” (SILVA, 1999 p.31). O currículo transmite a ideologia por meio das matérias. * Bowles e Gintis: (americanos), a escola reproduz as atitudes necessárias para o mercado de trabalho capitalista. Para o trabalhador, atitudes como, submissão, pontualidade, assiduidade e para os trabalhadores de níveis mais altos, capacidade de comandar, formular planos e se conduzir de forma autônoma. * Pierre Bourdier e Jean-Claude Passeron (franceses). Principal obra: A reprodução. O funcionamento