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1695 palavras 7 páginas
Trabalho de Teoria da Montagem Aluno: Carlos Honorato
Professora: Ana Lobato
Belém, 13/03/ 2015
Universidade Federal do Pará
O Cinema de Eisenstein.
Sergei Mikhailovich Eisenstein é um dos nomes fundamentais na consolidação da linguagem das imagens em movimento. Com 26 anos fez “A greve”, mostrando que arte e política podiam andar juntas. Com 27, deu ao mundo “O Encouraçado Potemkin”, filmado em apenas dois meses e montado com extraordinário apuro técnico, o “Potemkin” tem cenas cujo ritmo supera, com folga, qualquer clip ­ pós moderno. Logo depois fez “Outubro”, menos narrativo, demonstrando sua “Teoria da Montagem de Atrações”, até hoje modelo para filmes experimentais e trabalhos de vídeo­arte. Nestas três obras, apesar de financiado pelo estado, Eisenstein teve bastante liberdade criativa.
Seus problemas começaram com “A linha geral”. Stalin julgou que a obra não estava de acordo com o “realismo soviético”, estética que fora estabelecida pela Revolução como a mais adequada para educar e conquistar as “massas”. Stalin chegou a mudar o nome do filme para “O velho e o novo” e propor algumas alterações. Eisenstein não gostou. Graças ao sucesso extraordinário do “Potemkin”, foi chamado pela MGM e, junto com seus colaboradores Alexandrov e Tissé, embarcou para os Estados Unidos. Só que deu tudo errado.
Seus projetos não decolavam, apesar de ter amigos poderosos como Chaplin e Flaherty.
Eisenstein resolveu então afastar­se de Hollywood e fazer “Que Viva México”, uma obra ambiciosa sobre a história de um país e sua cultura. Infelizmente, as filmagens foram interrompidas por problemas financeiros, e o material, mais tarde, caiu em mãos gananciosas e pouco inspiradas. Desolado, o cineasta só tinha uma saída: voltar para seu país e tentar recolocar­se entre as engrenagens stalinistas. Contudo, os tempos eram ainda mais duros. Nem a imprensa o perdoava por seu afastamento e pelo seu curto idílio capitalista. Começou “O prado de

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