teoria

Vivemos num cenário de aceleração da história. As mudanças são rápidas e radicais. Os jovens aderem de corpo e alma ao descartável, ao efêmero. A nova geração de “ficantes” não gosta da rotina. Atualmente, nos Estados Unidos, metade dos casamentos termina em divórcio. Recentemente uma empresa americana com mais de cinco mil empregados constatou que apenas 148 deles tinham mais de três anos de casa. Diante disso, as empresas precisam trilhar caminhos cada vez mais inseguros e menos previsíveis. Quando algum empreendedor me pergunta como sobreviver num cenário tão mutante e dinâmico?, respondo: “Faça como a Barbie!”.

A boneca Barbie é o brinquedo mais conhecido no mundo. São vendidas mais de dois milhões de Barbies por mês, em cerca de 140 países. Qual é o segredo do sucesso desse brinquedo de concepção antiga, lançado em 1959? A resposta está na palavra “reinvenção”. A boneca Barbie vêm sendo reinventada com inteligência e criatividade há quase 45 anos. Ela, suas roupas, acessórios, amigos e namorados evoluíram. A família Barbie acompanhou e soube interpretar comercialmente as mudanças no estilo de vida, na moda e , sobretudo, o crescimento das atividades profissionais das mulheres no período. Para se manter atualizada, a Barbie já assumiu umas 400 profissões e já sofreu mais de 500 mudanças no visual. Seu guarda roupa acumula mais de um bilhão de peças diferentes.

A sobrevivência do sistema capitalista, da chamada “sociedade de consumo” nunca foi tão dependente da criatividade e das inovações como agora. Que seria, por exemplo, da indústria de telefones celulares se os adolescentes não quisessem trocar seus aparelhos antigos por novos quase que todos os anos? Que seria das industrias têxteis e de confecções se a moda não mudasse a cada estação? A roda da economia mundial gira graças ao combustível intelectual fornecido por pessoas criativas que sonham, visualizam, planejam e executam projetos inovadores. Esses criativos são poucos, são curiosos e nunca se