Teoria psicossocial do desenvolvimento

A partir do texto “Erikson e a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento” de Elaine Rabello e José Passos, e dos conhecimentos desenvolvidos em sala de aula, remeto-me a falar de um caso baseado em fatos reais, do menino Sandro Barbosa do Nascimento, que seqüestrou em 12 de junho de 2000 o ônibus que seguia a linha 174 e que teve por fins trágicos, onde uma refém foi vítima de disparos, tanto de um policial do BOPE, que tentava no momento acertar Sandro, quanto, posteriormente, pelo próprio seqüestrador que fazia da moça de escudo.
Sandro nasceu no Rio de Janeiro em 7 de Julho de 1978, e antes mesmo de vir ao mundo, seu pai biológico ao saber da gravidez da sua mãe, os abandonou. Aos seis anos de idade, presenciou o assassinato da sua mãe e não viu outra escolha a não ser morar na rua. Em pouco tempo morando na rua, logo se viciou em cocaína e para manter o uso da substância começou a roubar. Em 23 de Julho1993, Sandro presencia a chacina que ocorreu na Candelária, onde se encontrava dormindo, como o resto do grupo, mas que por sorte, não foi atingido no momento do massacre, como aconteceu com muitos dos seus amigos. Posteriormente, no ano de 2000, Sandro seqüestra o ônibus 174 e no momento em vai sair do ônibus com uma refém de escudo, nota a reação da polícia e acaba matando uma vítima do seqüestro. Após disparar contra a mulher, facilmente o mesmo é imobilizado e levado num camburão. Pouco tempo depois, a polícia anuncia a morte de Sandro ainda na viatura por asfixia.
Ainda relatando um pouco da trajetória de vida do Sandro e aproveitando o ensejo e fazendo algumas correlações com o texto “Erikson e a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento”, através do documentário de José Padilha “Ônibus 174”, foram feitos entrevistas com pessoas de rua que conviveram com Sandro, para saber mais como era seu comportamento, como lidava com os outros amigos, como fazia para sobreviver, enfim, e por unanimidade, maior parte dos seus colegas contou que ele era muito quieto,