Teoria, história e prática: dilemas de um agir revolucionário

3132 palavras 13 páginas
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Teoria, história e prática: dilemas de um agir revolucionário

2008
Resumo:
As problematizações trazidas por Jacob Gorender a respeito da teoria da revolução burguesa no Brasil permitem, a partir do diálogo com Caio Prado Junior – no que vale ao primeiro aspecto -, e Florestan Fernandes – no que vale ao segundo-, encontrar as falas da teoria e prática das esquerdas no Brasil, como também apontar para as perspectivas futuras, positivas, para a ação revolucionária.

Ao analisar o movimento político-militar que levou, em 1930, Getúlio Vargas ao governo, Jacob Gorender1 problematiza a tese de que este movimento tenha engendrado uma revolução burguesa, ou mesmo uma revolução. Segundo o autor, o que houve foi o redimensionamento de uma mesma classe – a de latifundiários -, uma vez que a crise de 1929 exigiu uma economia voltada ao mercado interno e, nesse sentido, o redimensionamento em questão se deu em função dos segmentos latifundiários voltados a ele. No entanto, a crise de 1929 teve outros efeitos, ainda mais significativos, para a burguesia industrial brasileira.
Haja visto que no inicio do governo Vargas suas forças destinavam-se á proteção da agropecuária, seja comprando e queimando sacas de café, ou até mesmo visando estabelecer acordos com os EUA, acordos estes que previam tarifas privilegiadas à produtos manufaturados de origem estado-unidense, em troca de vantagens à entrada, no mercado estado-unidense, de produtos primários de produção nacional, pode parecer que todos os esforços do governo se davam em função dos latifundiários. Entretanto, se por um lado a política varguista parecia prejudicar a burguesia industrial (vale ressaltar, a guisa de exemplo, o acordo já citado, uma vez que a facilitação para a importação de produtos estado-unidenses compor-se-ia enquanto concorrência à produtos nacionais de mesma ordem), por outro “é inegável que, nos anos 30,

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