Teoria do Conhecimento II

FILOSOFIA – TEORIA DO CONHECIMENTO II – 2013
ESTUDO DIRIGIDO

A DIALÉTICA DO FUNDACIONISMO E DO COERENTISMO
Laurence Bonjour
REF: Compêndio de Epistemologia , (org.) J. Greco E. Sosa, Ed. Loyola, SP, 2008.
Profª Maria Cristina de Távora Sparano.

1- O que entendemos por uma concepção realista do conhecimento?
Considera-se a concepção realista do conhecimento como uma correspondência ou um acordo entre a proposição sustentada pelo sujeito e determinado estado de coisas, (condições objetivas do conhecimento) , por outras palavras, trata-se da concepção realista da verdade.
A ideia básica por trás da teoria da correspondência , é a noção de acordo tão bem expressa por Aristóteles: “Dizer do que ele não é, ou do que não é que ele é , é falso. Ao passo que, dizer do que é que ele é e do que não é que ele é, é verdadeiro.” (Metáfísica, 7, 27).
A noção central contida nessa nessa máxima de Aristóteles, é a noção de acordo entre duas instâncias que podem existir independente do sujeito cognoscente se dar conta que tal acordo existe.
2- O que é uma razão internalista para o fundacionismo?
A concepção da justificação epistêmica internalista afirma em linhas gerais , que o fato de uma crença ser epistemológicamente justificada , exige que a pessoa que crê tenha em sua posse cognitiva uma ou uma base adequada, ou esteja ciente dela para supor que a crença seja verdadeira. Por outras palavras, que razões posso ter para justificar minhas crenças? Que tipo de razões são essas? Qual sua origem? Por exemplo. Que razões tenho para justificar minha crença que está a chover?
Neste caso específico tenho uma crença que está chovendo, e acredito porque fui à janela e vi que chovia. As razões que contribuem para justificar minha crença, neste caso, são fornecidas pela minha experiência sensorial.
O internalismo epistemológico é a teoria segundo a qual a crença de um agente só poderá estar justificada se esse agente tiver uma perspectiva da 1ª pessoa das razões que