Teoria de Wallon

Entende-se que a Teoria de Henri Wallon, um francês, filósofo, psicólogo, médico e pedagogo, contempla o indivíduo em todas as suas dimensões (intelectual, afetiva e social), sem desintegrar os componentes biológicos dos elementos sociais, os quais dão base para a formação de cada pessoa. Sua teoria enfatiza o estudo do desenvolvimento da criança e da conscientização do seu eu", através de quatro campos essenciais, sendo:
1) o movimento: caracteriza-se como um meio de expressão e ação sobre o meio físico;
2) a emoção: são as primeiras manifestações existenciais da criança, como sorrir e chorar;
3) a inteligência: é caracterizado pelas atividades cognitivas de raciocínio simbólico e expresso por meio da linguagem;
4) a pessoa (identidade do eu): insere todos os componentes anteriores e forma uma relação de independência do outro, o que causa conflitos entre eles.
Wallon sintetizou de forma ampla os aspectos funcionais da criança para compreender que seu desenvolvimento não é delimitado por parâmetros fixos de igual sequência, mas são relacionados ao contexto em que estão inseridas e são perfeitamente ajustados entre si, ou seja, cada comportamento é integrado a outras aprendizagens anteriores. Para tanto, denominou os estágios de desenvolvimento da criança, sendo:
1) estágio impulsivo-emocional: ocorre no primeiro ano de vida, no qual predomina a afetividade, a criança se manifesta exclusivamente pelas emoções;
2) estágio sensório-motor e projetivo: até os 3 anos a criança é impulsionada a pegar objetos e explorar os espaços para satisfazer seus desejos, assim, entender o mundo a sua volta;
3) estágio do personalismo: dos 3 aos 6 anos de idade, é caracterizado pela autoafirmação para construção do seu eu, através de situações de oposição aos adultos, sedução e imitação motora proporcionadas pelas interações sociais;
4) estágio categorial: dos 6 aos 11 anos, é a fase em que a inteligência sobrepõe a emoção, acentuam-se as capacidade de memorização e