teoria da mente

A teoria da mente é a habilidade de atribuir estados mentais como pensamentos, desejos, crenças, intenções e conhecimentos a nós próprios e aos outros.
Devido aos indivíduos terem sempre um interesse por tudo que é subjectivo a Teoria da mente surgiu em 1978 quando Premack e Woodruff questionaram a hipótese de primatas terem ou não comportamentos em função de estados mentais, e foi a partir destes primatologistas que o tema Teoria da Mente passou a ser um assunto quase obrigatório de pesquisa no âmbito da Psicologia Cognitiva.
Decorrente destes, Piaget aplicou os estudos em crianças em vez de animais chegando à conclusão que crianças são capazes de inferir estados mentais, que se reflectiam na postura, comunicação verbal e não-verbal e no comportamento. Quando existe discrepância entre comunicação verbal e não-verbal damos maior importância à não-verbal, pois é mais difícil exercer controlo sobre esta.
A teoria de desenvolvimento de Piaget contribui imenso para esta teoria, foi a partir do conceito egocentrismo e centralização que compreendemos que as crianças mais novas em comparação com as mais velhas tem uma menor capacidade de empatia, de terem comportamentos altruístas e pró-sociais. Piaget tem o seu merecido reconhecimento mas também recebeu críticas, como o facto de este subestimar as capacidades das crianças e considerar que desenvolvimento ocorria apenas até 16 anos.

Estudos sobre a metacognição deram grandes contributos à Teoria da mente, pois como a metacognição se refere à cognição sobre a própria cognição, anda portanto em torno do conhecimento sobre os processos mentais. Crianças começam a compreender a mente na sua dimensão metarepresentativa brincando ao faz-de-conta.
Tem sido sugerido que a capacidade de memorização é tanto maior quanto melhor o individuo conheça as suas próprias capacidades ou dificuldades de memorização.

Para saber se crianças têm ou não a capacidade de compreender que podemos pensar erradamente ou de formas distintas