Teoria da ação comunicativa de habermas
Habermas é considerado o principal herdeiro das discussões da Escola de Frankfurt, fundamental corrente do marxismo. Diferentemente de seus antecessores como Adorno e Horkheimer, Habermas procurou superar o pessimismo a respeito da possibilidades de realização do projeto moderno. Marcados pelos desastres do século XX, sobretudo em sua 2ª metade com a Segunda Grande Guerra, Adorno e Horheirmer denunciavam a associação simbiótica entre conhecimento racional e dominação e que, portanto, a promessa dos ideais modernos de emancipação social não se cumpriria; o que restava desse tempo era barbárie. O avanço das forças produtivas na sociedade contemporânea não confluíram para o esclarecimento. Em seu diálogo com Herbert Marcuse, no seu texto Técnica e Ciência como “Ideologia”, Habermas coloca que o desenvolvimento técnico-científico não funcionam em prol do esclarecimento político como fundamento da crítica às legitimações vigentes, mas ao contrário, elas se convertem na base da legitimação, e portanto, instrumento de dominação.( p. 48-49). Neste sentido, o desenvolvimento do processo histórico não resultaria na transformação real da sociedade; era preciso uma nova via de transformação. Em oposição ao conceito de ação instrumental proposto por Max Weber, a teoria Habermaniana da ação comunicativa ofereceria a possibilidade de mudança
Por outro lado, entendo por ação comunicativa uma interação simbolicamente mediada. Ela orienta-se segundo normas de vigência obrigatória que definem as expectativas recíprocas de comportamento e que têm de ser entendidas e reconhecidas, pelo menos, por dois sujeitos agentes. As normas sociais são reforçadas por sanções. O seu sentido objetiva-se na comunicação linguística quotidiana. Enquanto a validade das regras e estratégias técnicas depende da validade de enunciados empiricamente ou analiticamente corretos, a validade das