Teoria da arquitetura- cidade
Que tipo de experiência nos proporciona a cidade como um todo e como distinguimos a sua experiência de todas as nossas restantes experiências? Tratar-se-á de uma qualquer narrativa que apreendemos como um texto visual? Será um estado de espírito? Será uma experiência meramente perceptiva? Será um esquema mental? Será simplesmente um amálgama de imagens? Tratar-se-á de uma estrutura complexa onde se desenvolvem as manifestações do poder? Será um espaço ordenado segundo lógicas de apropriação?
Ver-se-á nela um depósito de nostalgias, de sonhos, de descobertas? Será tudo isto simultaneamente? …!
(vivências da cidade moderna)
Quando consideramos a vivência da cidade moderna, a primeira questão que se nos pode colocar com toda a legitimidade é a seguinte: existirão cidades no tempo? Isto é, poderemos aceitar que a cidade, como uma coisa que pode ser vivenciável, pertence a um tempo determinado, como todos os objectos de uso?
Depois desta questão inicial, colocar-se-ão outras, igualmente importantes, que dizem respeito aos diferentes aspectos da tal vivência: que coisa é essa a que chamamos
“cidade” e como a vivenciamos nós? Ou seja, que tipo de experiência nos proporciona a cidade como um todo e como distinguimos a sua experiência de todas as restantes experiências do nosso quotidiano? Tratar-se-á da cidade “fenomenal”? Tratar-se-á de uma qualquer narrativa que apreendemos como um texto visual, como se se tratasse de um filme, por exemplo? Será um estado de espírito, um sentimento? Será uma experiência meramente perceptiva que, simplesmente, significamos de maneira diferente? Será uma cenografia, aquilo que acolhe o nosso drama quotidiano e que torna
“identificável” o personagem que nele desempenhamos? Será um esquema mental, uma representação de percursos e direcções que nos guia na nossa apropriação do espaço urbano? Será