Teoria da Administração

Resenha Crítica – Maquinaria, Taylorismo e Fordismo: A Reinvenção da Manufatura
Benedito Rodrigues de Moraes Neto é graduado em Economia pela Universidade Metodista de Piracicaba, mestrado em Economia pela UFMG e doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas. Autor dos livros “Século XX e Trabalho Industrial” e “Marx, Taylor e Ford – Forças Produtivas em Discussão”, tem experiência na área de Economia Política, atuando nos temas de economia do conhecimento e teoria e história dos processos de trabalho.
Como principal fonte do estudo sobre o processo do trabalho sob o capitalismo, “O Capital: Cooperação, Manufatura e Maquinaria” mostra como o capital desenvolve suas bases materiais até chegar à máquina. Segundo alguns autores de grande valor no meio acadêmico, o taylorismo e o fordismo são prolongamentos daquilo que Marx disse em relação às características do processo de trabalho no capitalismo, como, por exemplo, o despotismo de fábrica, os tempos e movimentos, entre outros. Apesar da substituição do trabalho vivo por maquinaria, o capital continua dependente da participação do homem, mesmo que este não tenha um conhecimento de como são produzidos os materiais e que a qualidade do produto não tenha relação com o trabalho humano.
A ideia de Taylor é de retirar a autonomia do trabalhador, transformando-o em máquina, com o poder de controlar todos os passos do trabalho vivo, controlando todos os tempos e movimentos de uma maneira despótica.