Tenso
Este livro está dividido em quatro partes que procuram dar conta de uma maneira bem geral do que seja o anarquismo, ou melhor, os anarquismos; uma vez que existem inúmeras correntes distintas que formam o que se convencionou chamar de movimento libertário.
O primeiro capítulo, A ingênua lucidez, onde veremos as correntes mais marcantes, do movimento anarquista, como: Mutualismo, inspirado no que deixou escrito o Francês Pierre Joseph Proudhon no século passado; Coletivismo Bakuninista, propagandeado por Michail Bakunin; Anaco-comunismo, impulsionado por P.Kroptkin; Anaco-sindicalismo criado na França e desenvolvido na Europa e nas Américas; e Individualismo Anarquista que desembocou na violência de cunho político.
O segundo capitulo, Os ingovernáveis, é um resumo da vida e da obra de alguns lideres anarquistas: William Godwin; Max Stirner; Proudhon; Bakunin; Leon Tolstoi; Errico Malatesta; Ema Goldman.
O terceiro capítulo foi feito um pequeno histórico das aspirações internacionalistas dos libertários.
O quarto capítulo, A parte maldita, relata um pouco dos fatos do movimento anarquista onde ele foi mais forte e participante: Rússia, França, Itália e Espanha.
A INGENUA LUCIDEZ
No sentido comum, a anarquia sempre foi o caos, a desordem. Por paradoxal que pareça, anarquia não é bagunça, muito menos ordem. Não há duvida, foram os próprios anarquistas a colaborar para a imagem que se faz deles; como nunca quiseram tomar o poder, é óbvio que jamais iriam fazer de suas representações as imagens oficiais na mente dos homens.
Os anarquistas, se é que se pode encontrar algo de comum entre eles, tem em mira apenas o indivíduo, sem representantes, sem delegações, produtor, naturalmente em sociedade.
Quase todos os anarquistas procuraram a revolução, alguns foram violentos, outros simplesmente apoiaram a violência.
A palavra anarchos, em grego, pode ser usada para defini desordem na falta de um governo ou quando não existe a necessidade dele.