Tempos modernos
No intuito de beneficiar as grandes empresas norte-americanas, durante a crise, o governo criou dispositivos que favoreciam as corporações em detrimento com os trabalhadores. Pouco tempo depois o presidente Roosevelt cria um programa que buscava a recuperação dos empregos para os americanos. Nesse contexto, Chaplin vive um operário, que durante a evolução do enredo, torna-se líder sindicalista.
O filme faz uma crítica muito expressiva à filosofia taylorista, onde o estudo de tempos e métodos é a base para organização de produção. De forma muito humorada, Chaplin mostra como pode ser insuportavelmente cruel a sistemização da produção, desconsiderando as necessidades de cada indivíduo. Essa prática é totalmente combatida em qualquer segmento profissional, pois fere a dignidade humana para favorecer a produtividade, onde só quem ganha é o “patrão”. É a famosa política do ganha x perde. A relação ideal de trabalho é a ganha x ganha, onde todos ganham, pois a produtividade, tão almejada pelo empresário, é alcançada, e os trabalhadores tem em sua mão de obra, o retorno justo, tanto em salários como em benefícios que acabam alcançando toda sua família.
A sujeição representada por Chaplin, não é ao patrão, mas sim à máquina, essa determinando o ritmo de trabalho, considerando o homem como uma simples ferramenta, quando na verdade, a valorização do trabalhador deve partir da condição do ser pensante determinar o ritmo de trabalho à que a produção deva fluir.
A tão criticada desigualdade social, retratada muito bem no filme, mostra que há tanto tempo temos esses desafio, como sociedade organizada. Mas o filme mostra também que é possível vencer, pois a criatividade e otimismo eterno, características exclusivamente humanas, são fatores