Tempos modernos

O filme conta uma embaraçosa trama de amor e desafios, fala de um operário trabalhador e uma jovem órfã de mãe. Carlitos (Charles Chaplin), é funcionário de uma grande fábrica e trabalha numa função que exige muito movimento repetitivo, trabalha apertando parafusos. Este trabalho lhe toma tanta concentração e danos que o acaba dando uma doença de stress e sem nenhum tipo de ajuda, Carlitos acaba ficando sem razão e começa a apertar todo e qualquer tipo de parafuso, mesmo que este não seja, mas ao simples fato de lhe parecer igual já torna alvo da mania desesperada de Carlitos para apertá-lo. Com essa busca excessiva de querer apertar parafusos Carlitos é internado em um hospital e logo após quando sai de lá se depara com a fábrica em que trabalhava, fechada e enquanto caminha pela rua, desnorteado, sem rumo e tão pouco sem emprego, avista uma bandeira vermelha no chão que acabara de cair de um caminhão e na tentativa frustrada de entregar a mesma ao dono acaba sendo confundido com um líder grevista e acaba indo preso, onde conhece uma jovem moça por quem se apaixona. A mensagem que o filme transporta para os seus telespectadores é a da vida na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho, na verdade se torna em uma crítica à modernidade e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias e adversidades. O filme trata também das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais desfavorecidas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa e são descriminados, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas