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CUSTOS E TARIFAS
1 JUROS, RENTABILIDADE E OPORTUNIDADE DE CAPITAL
Juros sobre o capital
Um princípio básico da economia capitalista é que a moeda não tem valor constante no tempo, pois a todo capital monetário está associado um rendimento denominado juros. Esse modelo está fundamentado no fato de que o capital é escasso e, portanto, sempre há empresas e pessoas dispostas a tomar dinheiro emprestado. O ato de emprestar ou pegar dinheiro emprestado normalmente é normalmente realizado por intermédio de instituições financeiras.
A remuneração do capital emprestado é justificada por quatro motivos: um prêmio à virtude de não consumir no presente, aguardando para fazê-lo no futuro (o ato de poupar); a indisponibilidade do dinheiro durante o período de empréstimo (a perda de liquidez); a possibilidade de não ter o dinheiro de volta (o risco); e a justiça do repasse, a quem emprestou o dinheiro, de parte do lucro que o capital gera (a rentabilidade).
O valor da taxa de juros é, em grande parte, regulado pelo mercado: a diferença entre a oferta e a demanda por dinheiro. Assim, nos países mais desenvolvidos, onde a demanda por capital é menor, pois as oportunidades de investimento são mais restritas, as taxas de juros são menores. Nos países em desenvolvimento, como há mais oportunidades de investimento, é maior a demanda por capital e, por conseqüência, maiores as taxas de juros.
A taxa real de juros de longo prazo livre de risco, igual à taxa nominal de juros menos a taxa de inflação, para grandes valores de capital, situa-se entre 8% e 12% ao ano nos países em desenvolvimento (em certas situações chega a superar 12% ao ano). Nos países desenvolvidos essa taxa é, em geral, menor do que 6% ao ano.

Rentabilidade do capital
No caso de investimento com capital próprio em projetos de qualquer natureza, a rentabilidade econômica (quociente entre o lucro referente a um determinado período e o capital investido) deve ser maior que a taxa real de juros

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