Tectos estuqcados

2740 palavras 11 páginas
Tectos estucados sob fasquias ou abóbadas em edifícios antigos: Caracterização construtiva
Paulo Alexandre Malta da Silveira Instituto Superior de Engenharia de Lisboa Câmara Municipal de Lisboa

Resumo
Segundo a actual teoria da conservação, entende-se que nas intervenções realizadas em edificações antigas, as técnicas de construção tradicionais serão muitas vezes as mais adequadas, de modo a assegurar a reversibilidade das intervenções, a compatibilidade entre o existente e o novo, ou mesmo a durabilidade das soluções escolhidas. Pretendese com a presente comunicação contribuir para o conhecimento das técnicas antigas relativas aos estuques executados em tectos, para que estas possam, sempre que possível, ser utilizadas nas intervenções realizadas. A comunicação começa por referir os tipos de pavimentos dos edifícios antigos. Descrevem-se depois as soluções estruturais sob as quais podia ser executado o revestimento estucado dos tectos. Descrevem-se primeiro as soluções solidárias com o piso superior, fasquiadas ou sob arcos e abóbadas de alvenaria, e posteriormente as soluções fasquiadas independentes do piso superior. Refere-se depois o modo de execução do fasquiado, e por fim a composição e execução do revestimento estucado.

1 - Introdução
As técnicas e soluções tradicionais materializam a história dos nossos antepassados e garantem muitas vezes elevada durabilidade, comprovada pela existência física de elementos e materiais originais, muitas vezes com centenas de anos. Além disso, os tectos estucados constituem muitas vezes autênticas obras de arte, que como tal interessa conservar ou reparar, a fim de preservar algo do nosso passado que a todos diz respeito. Numa sociedade que já atingiu um razoável estado de desenvolvimento, com as necessidades mais básicas das populações satisfeitas, será consensual que chegou a época em que se deverá atender de forma preponderante à conservação do património histórico edificado. As acções de conservação a

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